sábado, 20 de julho de 2013

SUPLEMENTAÇÃO DA VITAMINA D PODE MELHORAR A GRAVIDADE DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ?

    O derivado hormonal da vitamina D, 1,25-di-hidroxivitamina D (1,25 [OH] (2) D) ou calcitriol, tem sido implicada em vários processos fisiológicos e homeostase além do cálcio e do fósforo, provavelmente desempenha um papel em várias doenças crônicas, em particular as doenças cardiovasculares. Dados experimentais sugerem que a 1,25 (OH) (2) D influencia diretamente o músculo cardíaco, controla a secreção do hormônio da paratiroide, regula o sistema renina-angiotensina-aldosterona, e modula o sistema imune. Devido a estes efeitos biológicos, a deficiência de vitamina D tem sido associada com a hipertensão, vários tipos de doenças vasculares e a insuficiência cardíaca. Os estudos mostram que o tratamento com vitamina D reduz a pressão arterial em pacientes com hipertensão e modifica o perfil das citocinas em pacientes com insuficiência cardíaca (IC). Embora os dados observacionais que ligam a vitamina D com as doenças cardiovasculares pareçam robusto, a suplementação de vitamina D não é recomendada como tratamento de rotina para as doenças cardíacas até o momento. Estudos randomizados definitivos são necessários para avaliarem os seus efeitos.
    Um nível de 25-hidroxivitamina D no soro abaixo de 20 ng/ml é considerada insuficiente. Os dados disponíveis sugerem que a maioria dos pacientes com ICC apresentam níveis no intervalo da insuficiência. A síntese da vitamina D através da pele após a exposição solar ultravioleta B é a mais importante fonte de vitamina D  para os seres humanos. No entanto, pacientes com ICC têm relativamente poucas atividades ao ar livre, por conseguinte, um estilo de vida sedentário e pouca exposição solar, além da doença está  relacionada é uma causa importante para a carência de vitamina D. Alguns estudos indicam que insuficiente de vitamina D podem contribuir para a etiologia e patogênese da ICC. No momento, a ingestão oral diária de 50-100 mcg de vitamina D parece ser a maneira mais eficaz de melhorar o status da vitamina D em pacientes com ICC.
    O objetivo do presente estudo foi investigar se a suplementação de vitamina D pode melhorar os resultados bioquímicos e capacidade funcional de pacientes com insuficiência cardíaca (IC). Cem pacientes em classe I a III (NYHA) foram incluídos neste estudo prospectivo. Foi avaliado o nível de 25-hidroxivitamina D, e penas 6% dos participantes tiveram uma concentração suficiente. Pacientes com níveis séricos insuficiente ou deficiente, de 25 de (OH) D ( < 30 ng / ml e < 20 ng / ml, respectivamente), receberam vitamina D3 (colecalciferol) oral, por um período total de 4 meses. A suplementação de vitamina D aumentou significativamente a concentração sérica de 25 (OH) D (P <0,001), o nível sérico de peptídeo natriurético pró-cérebral (Pró-BNP) diminuiu marcadamente (P <0,001). Também houve uma diminuição significativa da PCR us (P <0,001). A normalização da 25 (OH) D foi também associada com melhora substancial em classe funcional (P <0,001) e da caminhada de 6 minutos (P <0,001). 
    A insuficiência cardíaca (IC) é uma patologia prevalente afetando mais de 15 milhões de pacientes em todo o mundo. É uma importante causa de morbidade e mortalidade em populações idosas. Ela é uma síndrome debilitante que leva a significativa limitação funcional. Apesar dos avanços na compreensão da fisiopatologia e tratamento, ele ainda tem um prognóstico ruim. Apenas 35% dos pacientes sobrevivem a mais de 5 anos. A vitamina D é um hormônio que é necessário para o osso e saúde muscular. No entanto, não se limita a agir apenas no metabolismo do cálcio e fósforo, efeitos extra esquelético têm sido discutido. A limitada ingestão ou síntese da pele são dois importantes fatores que contribuem para a deficiência de vitamina D. Algumas publicações mostram uma prevalência em torno 50% de vitamina D insuficiente na população adulta dos EUA. A deficiência de vitamina D pode ter uma particular importância em pacientes com IC, e um número crescente de estudos tem mostrado ser mais prevalente em pacientes com esta doença. Evidências sugerem que a deficiência da vitamina D na IC não é um achado laboratorial insignificante, podendo haver uma associação forte entre estas duas entidades clínica. Em alguns estudos, a ênfase foi dada ao possível papel causal de vitamina D na IC. Além disso, há a hipótese de que em pacientes com IC, a suplementação de vitamina D pode reduzir a progressão da doença e gravidade dos sintomas, através da supressão do sistema renina-angiotensina-aldosterona e hormônio da paratireoide, diminuição dos mediadores inflamatórios, supressão da remodelação cardíaca, promoção do crescimento e diferenciação de celular, a redução da pressão arterial e melhora na contração miocárdica. 
    Como resultado, vários estudos foram desenhados para avaliar os efeitos benéficos ou prejudiciais da vitamina D sobre IC. No entanto, os dados ainda são escassos em relação aos efeitos precisos de suplementação de vitamina D, parâmetros laboratoriais, bem como nas capacidades funcionais dos pacientes com IC 
Referência: Pubmed,  Pubmed, onlinelibrary 

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